domingo, 3 de julho de 2011

Introdução ao quarto poder.

Houve uma época em que a corrupção, roubo, malandragem e tudo quanto é traquinagem não eram vistos como a sujeira da humanidade, na época onde cada um era por si que a escuridão era por todos. O “sistema” – se é assim que pode ser chamado – fluía muito bem até que a escuridão tornou-se soberana e desejou engolir tudo, como uma tsunami varrer o mundo integrando-o a ela, mas houve revoluções, houve lutas e guerras e é nesse momento que surgem os heróis. O caos foi substituído pela ordem, houve abuso de poder, houve confusão, mas o primeiro passo em direção a democracia foi dado, e na verdade mais se aproximava de um salto do que de um passo, era um momento histórico.

Uma arvore, por mais que seja bela, robusta e perseverante sempre terá suas raízes fincadas ao solo, a escuridão do sub-solo, onde a luz não a toca e de certa forma devemos reconhecer que a sujeira e a escuridão debaixo do solo fazem parte deste sistema e dessa vez não é apenas o negativo ou o positivo, vai além disto, a raiz e a copa constituem um sistema fechado que flui de maneira rítmica com o meio onde está, de forma que sem uma a outra dificilmente existiria.

Com a chegada da democracia, as pessoas erroneamente começaram a distinguir coisas que julgavam certas das coisas que julgavam erradas, sem ao menos perceber que outrora o sistema já fluiu de maneira contrária a democracia. Uma simples palavra definiria tudo: ordem. A ordem não é nada mais do que catalogar o caos, de uma forma ou de outra ele continua existindo. Uma forma que os homens descobriram para catalogar o caos e tentar manter a ordem foi a Mídia, um avanço para a democracia que unificou todo o Estado.

Com a mídia as informações voavam e corriam mais do que o tempo, era a forma de expressão do sistema que classificava as pessoas e seus méritos, do bom patrão até o vil empregado. Boas atitudes resultavam em uma boa aparência social, havia momentos em que a boa aparência social se saia maior do que o capital de forma que sem a aparência social o seu capital perderia valor. Do contrário, as atitudes ruins resultavam em uma péssima aparência social, uma vida às margens do sistema que possuía altos lucros graças à maneira de burlar a vida, mas o risco também era grande, equivalente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário